Viver de Jogos

10 Especialistas dão Dicas Para Quem Quer Trabalhar com Jogos Digitais

10 Especialistas dão Dicas Para Quem Quer Trabalhar com Jogos Digitais

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Muitas pessoas sonham em trabalhar criando jogos.

A idéia de criar um jogo e saber que milhares (ou talvez milhões) de pessoas vão passar horas jogando e se divertindo é realmente muito convincente.

Não é a toa que todos os dias milhares de pessoas buscam entender melhor o que é necessário para ter uma carreira como desenvolvedor de jogos.

Eu mesmo já recebi centenas de emails com essa mesma pergunta…

Mas afinal, como começar numa carreira de criação de games?

Para responder a essa pergunta, eu fui pedir ajuda dos universitários. Ou melhor, de quem dá aula aos universitários.

O Produção de Jogos perguntou para algumas dezenas de professores e coordenadores de cursos de jogos uma série de perguntas sobre como funciona a carreira.

Nesse artigo especial, eu compilei a resposta de 10 coordenadores e professores para a seguinte pergunta: Quais dicas você daria para quem quer ingressar numa carreira no mundo dos games?

E então, pronto para ver quais são as dicas dos professores para ingressar na carreira de jogos?

Então vamos lá!

1. Alan Henrique Pardo de Carvalho

(Coordenador dos cursos de Jogos Digitais da Faculdade Impacta Tecnologia e da Fatec São Caetano do Sul)

Alan Henrique é Mestre em Tecnologia, Pós-graduado lato sensu em Jogos Digitais, Pós-graduado lato sensu em Docência do Ensino Superior e Tecnólogo em Processamento de Dados. Possui larga experiência na área de Tecnologia da Informação. Trabalha na área de Educação e Treinamento desde 1989. É parecerista de cursos da área de Computação para o Guia do Estudante da Editora Abril.

Confira a resposta do Alan:

Procure saber mais sobre o que acontece no mercado. Esteja junto de outros profissionais e estudantes de jogos participando de eventos, encontros e associações. Tente se conhecer e identificar aquilo que pode mais lhe atrair nessa área, sem se fechar a outras possibilidades.
Se resolver fazer um curso de graduação pesquise, visite os sites das faculdades e universidades, entre em contato com os coordenadores dos cursos, visite, converse com alunos e professores, com pessoas que fizeram aquele curso, ou seja, informe-se.

2. Alessandro Lima

(Professor Especialista do curso de Jogos Digitais da Feevale)

Alessandro Lima tem Mestrado Acadêmico em Design e Tecnologia pela UFRGS, pós graduado em Comunicação Estratégica e Branding pela Universidade Feevale, bacharel em Design Gráfico pela Uniritter Laureate International Universities e fundador do site www.alessandrolima.com).

Confira a resposta do Alessandro:

Portfólio. Seja ele de arte ou de programação, é preciso ter portfólio, tanto para conseguir trabalho, ou mesmo para demonstrar a algum cliente, o que você (ou sua empresa) é capaz de fazer. Foco, automotivação e fé (crença) naquilo que está fazendo. Fique surdo às pessoas que dizem não ao seus ideais. Acredite em si, mas seja autocrítico: admita quando seu trabalho não foi tudo aquilo que poderia ter sido, e prometa sempre a si mesmo, fazer melhor. Escute as críticas, e procure tirar delas, boas lições para melhorar seu trabalho. Jamais leve para o lado pessoal uma crítica, mesmo quando esta, evidentemente seja pessoal.

3. Janaina Auler

(Coordenadora do curso Técnico em Programação de Jogos Digitais da FTEC Caxias do Sul)

Janaina Auler é Especialista em Informática e Marketing Digital, bacharel em Relações Públicas e em Informática pela UCS e em Gestão em Docência do Ensino Superior pela Ftec Caxias do Sul.

Confira a resposta da Janaina Auler:

Como em qualquer área de atuação, a área de games, por mais que se pareça com um parque de diversões, está muito longe disso. Perseverança, dedicação e persistência deverão existir em todos os projetos. A área envolve programação, design, imagens tridimensionais, cenas, níveis, física, entre tantas outras ciências. Vai exigir muito do profissional. Para ter destaque, crie e divulgue projetos e pequenos jogos, divulgue suas habilidades na internet, monte cenários reais, brinque com animações, explore tudo que for possível e mostre a todos o que você produz.

4. Paulo Rogério Foina

(Coordenador do curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais da UniCEUB)

Paulo Rogério é Físico pela Universidade Federal de São Carlos (1976), Mestre em Computação pelo Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos – USP (1979) e Doutor em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1985). Atualmente é Coordenador de Graduação e Pós-Graduação do Centro Universitário de Brasilia – UniCEUB e sócio gerente da Sistema de Informação e Tecnologia Ltda.

Confira a resposta do Paulo:

Primeiramente, jogue! Sem conhecer o mundo dos jogos fica mais difícil entender as demandas da área. Depois, crie! Histórias, contos, romances, etc, para desenvolver a habilidade de criar roteiros e contextos interessantes. Por fim, trabalhe! E muito, pois um bom jogo tem 10% de inspiração artística e 90% de programação e construção de personagens e cenários.

5. Álvaro Gabriele

(Coordenador do Curso de Desenvolvimento de Jogos Digitais da FATEC Carapicuíba)

Álvaro Gabriele é Professor e Coordenador do Curso de Desenvolvimento de Jogos Digitais da FATEC Carapicuíba, Sócio-diretor da Trixter e Games, Educação, Arte, Tecnologia, História da Cultura, Monteiro Lobato, Master pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Confira a resposta do Álvaro:

Jamais desistir dos seus sonhos. Se tem certeza que é isso que quer para sua vida profissional, ignore as palavras daqueles que subestimam a profissão de desenvolvedor de games e invista seu tempo em uma boa formação na área e em produzir portfólio. Tenha sempre bons amigos em quem confiar para montar uma equipe e jamais tenha medo de tirar as ideias do papel ou de errar. Erre quantas vezes forem necessárias e, certamente, descobrirá como acertar.

6. Danilo Athayde Petronilho

(Professor dos cursos Transmutação, Voyage e Fontaine Digital da Melies)

Com experiência no mercado de publicidade trabalhando em algumas produtoras, dentre elas a Vetor Zero, Danilo hoje atua como freelancer no mercado de games e impressão 3D, tendo trabalhos realizados para ubisoft, iAnimate, red thread games, entre outros, além de lecionar modelagem na Melies.

Confira a resposta do Danilo:

O que eu posso indicar é o caminho do estudo contínuo… desenvolver a mentalidade de um constante aperfeiçoamento. Muitas pessoas querem fazer cursos de poucos meses e saírem grandes profissionais. Qualquer curso, te dará no máximo uma base, para que você continue seus estudos e se aperfeiçoe sempre.

7. Fernando Pinho Marson

(Coordenador UniSINOS)

Fernando Pinho possui graduação em Informática pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2001), mestrado em Computação Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003) e doutorado em Ciência da Computação pela PUCRS. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Computação Gráfica, atuando principalmente nos seguintes temas: Computação Gráfica, Realidade Virtual e Aumentada, Educação à Distância e IHC.

Confira a resposta do Fernando:

Gostar de jogar não é a mesma coisa que gostar de desenvolver um jogo. Procure conhecer o processo de desenvolvimento, busque a área que mais lhe interessa e pesquise um curso que consiga lhe capacitar o máximo possível.

8. João Batista Mossmann e Eduardo Fernando Muller

(Respectivamente Coordenador e Professor do curso de Tecnologia em Jogos Digitais da Feevale)

João Batista Mossmann possui Doutorando em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Ciência da Computação pela PUCRS. Bacharel em Ciência da Computação, pela Universidade Feevale. Possui experiência atuando como Supervisor de Desenvolvimento de Sistemas, na área de Gerência de Projetos e desenvolvimento de Jogos, Sistemas de Realidade Virtual e Simulação.

Eduardo Fernando Muller é Graduado em Publicidade e Propaganda e Mestre em Comunicação Social. Iniciou carreira como ilustrador em 1998, atuando no Brasil, Estados Unidos e Europa nas mais diversas áreas, como histórias em quadrinhos, moda, character design, ilustração editorial, design gráfico, publicidade, música e jogos digitais.

Confira a resposta conjunta do João e do Eduardo:

Estudar em um curso superior específico de jogos, tem se tornado cada vez mais importante. As empresas hoje estão de olho em profissionais que saem das faculdades, pois apresentam um perfil mais indicado à integração nas mesmas. E, mesmo que você decida abrir o seu negócio, a faculdade é um ótimo local para conhecer pessoas, futuros parceiros e colegas de trabalho.

Segundo, é necessário ter muito foco na área escolhida, independente do curso que você estuda/estudou. Trabalhar com games sugere uma variedade de habilidades específicas, e hoje, para se ter destaque no mercado é importante a construção de um bom portfólio. Para isso, é necessário muita dedicação e trabalho duro. Tente ser o melhor naquilo que você gosta de fazer. Você não precisa de uma faculdade de jogos para ter um bom portfólio de desenho, por exemplo.

9. Carlos William Ferreira de Lima

(Professor no curso de Jogos Digitais do Senac)

Carlos Willian é Mestre em Comunicação e Semiótica e formado no Curso de Comunicação em Multimeios pela PUC-SP. É professor na Universidade Anhembi Morumbi, no curso de Publicidade e Propaganda e professor no Centro universitário SENAC, no curso de Jogos Digitais e Ciência da Computação. Além das funções docentes, á pesquisador do grupo de pesquisa CSGames, analisa as relações que os jogos digitais e mídias digitais e suas possibilidades na Cibercultura integrando os diversos meios de comunicação digital.

Confira a resposta do Carlos:

Acho que o mais importante é estudar enquanto joga. Não apenas jogar por jogar, mas tentar entender os mecanismos que estão dentro dos jogos, como foi feito um nível, por que tal programação foi feita, como a música aumenta a sensação de realismo e etc. Pegar esses jogos e tentar entender a mecânica de funcionamento.
Se esse jogador passar a olhar o jogo como criador, vai ficar mais fácil dele ingressar no mercado com um diferencial.
Outra coisa muito importante é saber trabalhar em equipe, porque os jogos não são mais desenvolvidos por uma única pessoa, mas existe uma equipe trabalhando para isso. Aprender a gerenciar as crises e as atividades é fundamental para se dar bem nesse mercado.

10. Breno Carvalho

(Coordenador do curso de Jogos Digitais da UNICAP)

Designer e professor da Universidade Católica de Pernambuco. Desde 1996, desenvolve projetos de identidade visual e editoriais para campanhas políticas no Estado, sites institucionais e promocionais. Além de coordenar o curso, leciona disciplinas de Oficina de Advergame.

Confira a resposta do Breno:

Ir para eventos sobre o universo da arte, dos jogos e tecnologia, estudar bastante, se atualizar e produzir, sempre.

Comentários Finais

E então, curtiu as dicas?

Se você ainda está na dúvida se vale a pena ou não fazer uma faculdade de jogos, não deixe de ler o artigo que eu escrevi onde eu falo das vantagens e desvantagens de fazer uma faculdade de jogos!

Você também pode criar jogos de forma independente. E se você tem interesse em criar jogos que sejam lucrativos, eu preparei um ebook com uma seleção de 16 jogos que estão na Steam que você poderia ter criado em poucas semanas.

Nesse ebook, também incluí a quantidade de cópias vendidas de cada um desses jogos (dados reais vazados da Steam). Faça o download gratuitamente no botão abaixo:

Se você gostaria de seguir carreira no mundo dos jogos, responda abaixo nos comentários a seguinte pergunta:

“Qual a sua maior dúvida sobre a carreira de jogos?”

E se você já segue uma carreira no mundo dos jogos, responda abaixo nos comentários a pergunta:

“Qual sua principal dica para quem quer ingressar nessa carreira?”

Estou ansioso para saber o que você tem a dizer!

Opa,

qual foi a maior sacada que você teve? Conte nos comentários.