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4 Caminhos Quase Desconhecidos Para Trabalhar com Games no Japão (o #2 é o meu favorito!)

4 Caminhos Quase Desconhecidos Para Trabalhar com Games no Japão (o #2 é o meu favorito!)

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Olá! Seja muito bem-vindo ao terceiro artigo da nossa série sobre carreira de games no Japão.

No primeiro artigo dessa série nós vimos 6 razões para tentar uma carreira de games no Japão (e eu devo admitir que a razão #6 é a minha favorita!).

No segundo artigo, nós mostramos 4 histórias de pessoas que conseguiram entrar no mercado de jogos japonês adotando a seguinte estratégia: Chegar no país como estudante e estagiar para conseguir experiência e contatos na industria japonesa de jogos.

Essa é uma estratégia indireta mas que pode aumentar consideravelmente suas chances de conseguir um emprego no Japão.

Neste terceiro artigo da série, você aprenderá um novo caminho para seguir carreira no Japão: criar laços profissionais (em vez de estudantis) com o país.

Neste artigo nós vamos explorar 4 maneiras de criar vínculos de trabalho à distância com empresas japonesas.

Continue lendo esse artigo para saber mais sobre:

  • Como Conseguir Contatos na Industria Japonesa de Games;
  • A Diferença Entre Tradução e Localização de Jogos;
  • Como Usar Seu Conhecimento da Cultura Brasileira e Japonesa Para Oferecer Consultoria à Desenvolvedores Japoneses;
  • Como Ser um Colaborador à Distância de Empresas Japonesas;
  • Como Criar um Currículo Apropriado Para o Mercado Japonês;
  • 5 Dicas Importantes Para Montar um Portfólio Próprio Para o Japão.
  • … e muito mais!

Esse artigo está dividido em duas partes. Primeiro, eu, Raphael Dias, vou te mostrar 4 maneiras de criar laços profissionais com o Japão mesmo morando no seu pais de origem. Em seguida, a Juliana Chavantes vai falar sobre o que precisamos saber para montar um ótimo Currículo e Portfólio nos moldes japoneses.

Pronto para começar? Então vamos lá, pois temos muita informação relevante pela frente!

4 estratégias para criar laços profissionais com o Japão

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Talvez você esteja interessado em trabalhar na industria japonesa de jogos, mas ainda não se sente pronto para fazer uma mudança tão brusca.

Morar e trabalhar em outro país é, sem dúvidas, um grande desafio, e deve ser encarada como tal.

Isso quer dizer que quanto mais você se preparar e acostumar com a ideia, maiores são as chances de você fazer uma transição suave ao mudar de país.

Com isso em mente, nas próximas seções você aprenderá sobre 4 estratégias para criar laços profissionais com o Japão antes mesmo de sair do Brasil.

Esses vínculos profissionais vão servir tanto para você conseguir contatos e expandir seu portfólio, quanto para se acostumar com o jeito que os japoneses trabalham.

As 4 estratégias que iremos discutir neste artigo são:

  • Traduzir jogos japoneses;
  • Localizar jogos japoneses;
  • Prestar consultoria sobre o mercado brasileiro de jogos;
  • Prestação de serviços para empresas de jogos japonesas.

Utilizando uma ou mais dessas estratégias, você aumentará consideravelmente as suas chances de conseguir um emprego no Japão no futuro.

Portanto, criar laços com o Japão antes de tentar a sorte no mercado de trabalho japonês é não somente possível mas também altamente recomendável.

Estratégia #1:Tradução – Tornando Jogos Japoneses Acessíveis

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Quem não lembra dos vários jogos que jogou durante a adolescência e nunca entendeu perfeitamente a história pois o jogo era todo em inglês?

Agora imagine no caso de uma língua onde a maioria dos brasileiros não sabe dizer nem “sim” ou “não”, como é o caso do Japonês.

Não é difícil concluir que é quase impossível vender um jogo completamente em japonês aqui no Brasil.

Isso faz com que jogos japoneses deixem de ter acesso a um grande mercado consumidor que é o nosso mercado nacional.

Mas o que isso tem a ver com você que quer trabalhar no Japão?

A questão é a seguinte: Estúdios grandes de jogos, como a Nintendo, possuem verba suficiente para traduzir seus jogos, mas o mesmo não é verdade para os estúdios independentes de jogos.

E você pode se aproveitar disso para conseguir contatos na industria japonesa de jogos enquanto expande o seu currículo.

Uma excelente abordagem é escolher um jogo independente japonês (que já seja traduzido para o inglês ou não) e entrar em contato com o estúdio se oferecendo para traduzir o jogo para o português.

Você pode procurar jogos independentes na Steam ou nas lojas de apps de dispositivos móveis como a App Store (Apple) e a Google Play (Android). Ou seja: esses jogos já estão disponíveis no Brasil (ou podem ficar com apenas um clique por parte do estúdio), mas não têm a oportunidade de serem absorvidos pelo mercado brasileiro por não possuírem versão em português (e muitas vezes nem em inglês!).

Em princípio você não precisa cobrar pelo serviço, principalmente se o jogo for de um estúdio pequeno. Mas como resultado dessa experiência você terá seus primeiros contatos na industria japonesa de jogos e um belo item no seu Currículo: a tradução de um jogo japonês.

Se você fizer um bom trabalho você pode até conseguir uma boa referência da empresa que você ajudou, o que seria muito útil para, no futuro, você tentar ingressar no mercado de games japonês.

Além disso, você poderá também receber propostas para traduzir outros jogos japoneses (dessa vez cobrando) o que aumentaria consideravelmente os seus contatos na industria japonesa e os pontos no seu CV que indicam laços com essa industria.

Isso tudo pode ser um grande diferencial na hora de buscar emprego no Japão.

Lembre-se: se vc quer trabalhar na industria japonesa de jogos você vai precisar se preparar. E essa é uma boa forma de incrementar o seu currículo antes de enviá-lo para empresas japonesas.

Estratégia #2: Localização de Jogos Japoneses – Adaptando Jogos à Nossa Cultura

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O processo conhecido como “localização” de um jogo consiste em adaptá-lo de uma cultura para outra, principalmente em termos de linguagem.

Mas qual a diferença entre traduzir e localizar um jogo?

A tradução de um jogo (ou de qualquer texto) consiste em verter seu conteúdo de uma língua para outra de forma fiel à terminologia do idioma original.

O processo de localização, no entanto, está menos preocupado com a fidelidade da tradução e mais preocupado em encontrar adaptações do texto original que melhor se encaixem na cultura do outro país.

Exemplos de “traduções adaptadas” típicas de um processo de localização é a alteração de piadas e gírias para expressões equivalentes do país para qual um jogo está sendo localizado.

Uma boa localização de jogo vai muito além da tradução adaptada, e pode incluir alterações diretas no jogo como:

  • Uso da moeda local no jogo;
  • Alteração dos sons emitidos por sirenes de ambulâncias, carro de polícia e bombeiro para os sons típicos do país para o qual o jogo está sendo localizado;
  • Corte de cenas que possam ser mal interpretadas (sugerindo um preconceito, por exemplo) no país-alvo;
  • Alteração de citações sobre crenças e histórias populares do país de origem.

E assim por diante.

Um exemplo clássico do processo de localização é a versão 2013 do jogo Fifa, que conta com a narração de Tiago Seifert e comentários de Caio Ribeiro. Além disso, no Fifa 2013 as frases da narração foram modificadas para melhor se encaixar com a cultura futebolística brasileira.

Como você já deve ter imaginado, a localização de um jogo pode aumentar imensamente as vendas de um jogo no país. Um excelente exemplo disso é o gráfico de vendas antes e depois da localização do jogo Clash of Clans no Japão:

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A estrela marca o instante no tempo em que o jogo finlandês foi localizado para o mercado japonês.

Impressionante, concorda?!

Acredito que você agora já esteja convencido da importância da localização de jogos para outros países.

Mas o que isso tudo tem a ver com você conseguir um emprego no Japão?

Assim como eu expliquei na seção anterior (sobre tradução de jogos), você pode se oferecer para localizar um jogo de uma empresa.

Se você conhece bem as duas culturas (brasileira e japonesa), você tem duas opções em mãos:

  • Localizar jogos brasileiros no Japão. Nesta opção você precisaria entrar em contato com empresas brasileiras de jogos e se oferecer para localizar o jogo no Japão. Claro que isso não virá com facilidade, e você precisará mostrar que conhece a cultura japonesa a ponto de executar esse trabalho. Se você fizer um bom trabalho e o jogo for bom, você terá no seu currículo um jogo de certo sucesso no Japão! Isso com certeza contará positivamente na hora de buscar um emprego na industria de jogos japonesa;
  • Localizar jogos japoneses no Brasil. Nesta opção você entrará em contato com empresas japonesas (assim como explicado na seção sobre tradução) se oferecendo para localizar jogos japoneses no mercado brasileiro. Como o Brasil é um grande mercado consumidor, existe uma boa chance de que o estúdio aceite a sua proposta (principalmente os estúdios menores). Você terminaria o serviço com um jogo japonês localizado no Brasil e alguns contatos importantes no Japão.

Aqui no Brasil são poucas as pessoas capazes de criar esta ponte entre o nosso país e o Japão (e dentre as pessoas capazes, poucos tomam a iniciativa).

A localização pode aumentar consideravelmente o lucro de um jogo. E isso pode determinar se um estúdio de jogos vai sobreviver ou fechar as portas.

Portanto, não hesite na hora de oferecer seus serviços de localização de jogos japoneses. Para um estúdio pequeno (ou desenvolvedor solo) a localização de seu jogo para um grande mercado consumidor será de grande ajuda.

Estratégia #3: Consultoria de Mercado – Ajudando Empresas Japonesas a Entrarem no Mercado Brasileiro

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Outra possibilidade para criar laços profissionais com estúdio de games japoneses consiste na prestação de consultoria sobre o mercado brasileiro de games.

O Brasil tem o quarto maior mercado consumidor de jogos do mundo. Isso faz com que nosso mercado seja importante na estratégia de expansão de qualquer empresa de games, seja ela pequena ou grande.

Estúdios grandes, que possuem bastante recursos financeiros, geralmente abrem escritórios nos países que eles possuem interesse enquanto fazem pesquisas sobre o mercado local.

Empresas pequenas e desenvolvedores independentes não podem fazer isso, e é aqui que você pode colaborar.

Se você tem experiência com o mercado de games brasileiro (talvez você já tenha lançado algum jogo de sucesso ou esteja em uma empresa com alguns jogos que vendam bem) você pode ajudar pequenos estúdios japoneses a entender melhor o mercado de games do Brasil.

A prestação de consultoria sobre o mercado de games brasileiro é comum e existem muitas empresas brasileiras que fazem isso. No entanto, eu nunca vi nenhuma que fosse especializada em lidar com desenvolvedores e estúdios japoneses.

Assim como a tradução e localização de jogos, a prestação de consultoria sobre nosso mercado interno pode ser uma ótima maneira de criar laços profissionais com empresas de jogos japonesas.

Estratégia #4: Prestação de Serviços e Criação de Game Assets

Buscar colaboração com desenvolvedores de jogos japoneses é uma excelente forma de conseguir bons contatos e expôr seu trabalho para o público japonês.

Se você é especialista em alguma das áreas fundamentais para a criação de um jogo digital (arte, áudio, game design, etc), você pode colaborar com equipes japonesas de desenvolvimento de jogos.

Esse tipo de prestação de serviços ou colaboração sem fins lucrativos (para ampliar seu portfólio) é bem comum entre desenvolvedores de jogos. A sugestão aqui é que você procure deliberadamente por projetos tipicamente japoneses, desenvolvidos por equipes japonesas.

Essa pode ser uma grande oportunidade para se inserir (mesmo que indiretamente) na industria japonesa de jogos.

Ter no currículo uma colaboração com uma empresa de jogos japonesas pode ser um ponto positivo na hora de buscar emprego, além de ampliar sua rede de contatos profissionais no Japão.

Agora que já discutimos as 4 estratégias para criar laços profissionais com o Japão, você já pode decidir qual estratégia é melhor para você.

Independente da sua escolha, uma coisa é fundamental: saber montar currículo e portfólio próprios para empresas japonesas.

Vamos então aprender com a Juliana Chavantes como você deve montar seu CV e portfólio de forma adequada ao mercado japonês.

Com vocês, Juliana Chavantes.

Para aumentar as suas chances de ter seu currículo e portfólio analisados por eventuais empregadores ou colaboradores japoneses, você precisa ajustá-los para um formato mais adaptado ao mercado Japonês.

Fazer um bom CV e um bom portfólio é importante tanto para seguir as 4 estratégias que o Raphael citou, quanto para seguir a abordagem mais tradicional, isto é, enviar CV e portfólio para empresas japonesas em busca de emprego no Japão.

Para se candidatar às vagas o primeiro conhecimento que você deve ter são os nomes dos cargos. Eles não são os mesmos usados no ocidente e não sabê-los pode lhe deixar numa tremenda saia justa.

Veja a tabela abaixo:

Português/InglêsJaponês
CEOPresident – 社長
Game DirectorDiretor – ディレクター/所長
ProdutorProdutor – プロデューサー
ArtistaCG designer – CGデザイナー
Audio designerAudio designer – オーディオデザイナー

Agora que você já sabe o cargo que deseja, é chegada a hora de buscar as empresas.

Mas antes, tente compreender…

Na maioria das vezes, encontrar as condições ideais de trabalho será como procurar uma agulha no palheiro. Como a sua prioridade deve ser entrar no Japão com um visto de trabalho, o mais importante será conseguir uma ocupação dentro da empresa desejada, qualquer que seja.

À primeira vista isso parece desvantajoso, mas na medida que o tempo passar você terá cada vez mais colegas e contatos. Estas pessoas também estão à procura de cargos melhores e acabarão subindo de função ou indo para outras empresas.

Eis o pulo-do-gato: você criará uma rede de contatos e terá como saber quais cargos estão abertos dentro de outras empresas.

Este conhecimento lhe servirá de direcionamento às suas futuras investidas. E mais: suas alianças poderão dar aquele empurrãozinho que faltava para a sua contratação.

Em suma, pense com antecedência e seja estratégico.

Por outro lado, não pense que aceitar qualquer cargo implique uma falta de pesquisa. Aqui também é necessária uma dose de paciência para descobrir se a empresa que você escolheu oferece cargos de acordo com suas aspirações futuras. Seu objetivo é encontrar uma empresa que possua o cargo visado, mesmo que este não esteja disponível no momento.

OK, já com sua empresa em mente, se inicia o processo de feitura do currículo.

Como Fazer um Currículo Adequado para o Japão

Ao contrário da lógica ocidental, o currículo no Japão é mais importante do que o seu portfólio, devido a alta valorização que os japoneses dão a tempo de estudo.

As companhias de videogames costumam ser menos exigentes do que outras de setores mais tradicionais. Desta forma, elas estarão mais abertas a um currículo em formato ocidental. Você não precisa necessariamente escrever em japonês. Mandá-lo em inglês faz parte da rotina das empresas.

No entanto, se você quiser impressionar as mais tradicionais mandando o currículo em formato japonês, esta pode ser uma boa chance de mostrar seu conhecimento cultural do país.

Muitas companhias exigem um currículo escrito à mão. Porém, como estamos no segmento de games, esta exigência é menor. Escreva seu currículo à mão apenas se possuir uma escrita bonita, seja em japonês ou em caracteres ocidentais (nosso ABC). Ainda, nunca escreva em letra corrida. Os japoneses não conseguem ler. Procure escrever como a seguir: JOÃO SILVA. Tudo em letras garrafais.

Você também pode optar por preencher digitalmente o currículo, escrevendo pelo computador.

Na maioria dos casos, enviar seu currículo por e-mail não causará problemas. Seja escaneado ou editado diretamente no computador. Também é possível encaminhá-lo pelos correios.

Pense bem na sua abordagem. Conheça a empresa e aja de acordo. O que para nós não faz sentido, para eles pode ser de suma importância. Isso vai desde a escrita do currículo até a forma de envio escolhida.

Se você é do setor artístico, é imprescindível que você leia a seguir: nunca faça um currículo criativo. Pode parecer mais do que esperado que um artista utilize suas habilidades para deixar o seu currículo mais “interessante”. Contudo, este seu “destaque” pode não ocorrer da maneira intencionada, como seu currículo virando alvo de chacotas entre os funcionários da empresa.

Acontece que os japoneses são profundamente arraigados a padrões dentro de um ambiente empresarial. Eles gostam que as informações mais importantes, ou seja, aquelas encontradas no seu currículo, estejam dentro de um modelo compreensível.

Uma vez que eles aprovem o seu currículo, aí, sim, será a hora de você mostrar sua criatividade: no seu portfólio.

5 Dicas Para Montar um Portfólio de Qualidade

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Com seu currículo aceito, chegou a hora de apresentar o seu portfólio. Aqui também há diversas regras a serem seguidas.

Muitas companhias terão suas próprias diretrizes em como apresentar o seu portfólio. Essas orientações podem ser encontradas no site delas ou, se não houver nenhuma seção relacionada, você poderá pedir essas informações por e-mail. Atenha-se rigidamente a essas especificações. Elas não estão lá à toa e são a chance de você mostrar à empresa que sabe seguir suas regras básicas. Você termina por se apresentar como um bom futuro empregado.

Fique atento a outro fator: se a empresa possui uma versão em inglês do site, este é um ótimo sinal. Empresas com sites em inglês são mais inclinadas a contratar funcionários estrangeiros.

OK, você já sabe quais os padrões que a empresa exige para envio do seu currículo. Resta saber, como fazê-lo? Isso dependerá da sua especialidade:

  • Programadores (Coders – コーダー): colocar os títulos em que trabalharam;
  • Game Designers (Planners – プランナー): colocar alguns designs de jogos realizados;
  • Localizadores (Localizers – ローカライザー): colocar amostras de jogos que você participou da localização;
  • Artistas (CG designer – CGデザイナー): colocar trabalhos feitos tanto em computador quanto mídias analógicas, tais como lápis-de-cor, aquarela ou copics.

Observação: Se o seu portfólio for enviado pelos correios, é bom que os seus trabalhos estejam dentro de uma pasta com compartimentos plásticos para cada folha. Este é o padrão mais visto no Japão.

Ao construir o seu portfólio, seja online ou impresso, é bom que certas práticas sejam seguidas:

  1. Qualidade vale mais que Quantidade o seu número de trabalhos não garante uma boa avaliação por parte do empregador. O que vale é a qualidade. 10 a 15 trabalhos são mais do que suficiente. Além do mais, procure incluir apenas trabalhos que você gosta de fazer. Não adianta mostrar aquele design incrível de maçaneta se você odeia desenhar props. Por fim, nunca mostre trabalhos inacabados;
  2. Não seja enfadonho Dentro dos seus 12 trabalhos, por exemplo, pense bem na ordem de apresentação. Não vá do pior para o melhor nem o contrário. Tente incluir seus melhores trabalhos entre o início, meio e final da exibição. Ainda, não inclua “poses em T” ou planos sem perspectiva. Se você tiver explicações puramente técnicas sobre cada trabalho, não as inclua. Deixe-as para as entrevistas, mas apenas se você for indagado;
  3. Não abuse dos efeitos. Sei que pode ser tentador construir aquele site cheio de efeitos de transição. Todavia, você sabe o quanto isso pode comprometer a velocidade da sua apresentação. Pior, usar efeitos demais pode resultar em problemas de visualização do seu site. Mantenha tudo o mais simples possível e evite sites em flash;
  4. Deixe em vista as informações importantes. Todos os trabalhos devem conter:
    • Em que projeto eles foram usados;
    • Sobre quais partes você foi responsável;
    • Nome de arquivo apropriado;
    • Título apropriado.
  5. TODAS as páginas devem conter seu nome e informações de contato;
  6. Seja original. Ou seja, não desenhe outros personagens que não sejam seus. Desenhar o mascote da empresa visada está fora de questão. Porque se você o fizer melhor, irá constranger a empresa. Do contrário, você ficará queimado. Ambas as situações são ruins. Obviamente, não copie trabalhos alheios. Além de ser imoral, lembre-se que você está dentro de um mercado de nicho. As fofocas não tardam aos ouvidos e sua reputação terá logo sido estraçalhada.

Pronto! Com essas 5 dicas você deve ser capaz de montar um portfólio de qualidade e evitar as principais gafes.

O seu portfólio atual não respeita alguma dessas dicas acima? Então se você pretende mostrá-lo para eventuais empregadores ou colaboradores japoneses, você deve montar uma “versão japonesa” do seu portfólio.

Então mãos à obra e boa sorte!

Comentários Finais (por Raphael Dias)

Conseguir um emprego em outro país é sempre algo difícil.

Isso não quer dizer que você não irá conseguir, mas sim que você deve se preparar.

Muitas pessoas desistem de seus sonhos sem nunca tentar. Sem nunca dar o primeiro passo.

Para ir atrás do seu sonho de trabalhar na industria japonesa de jogos você precisa considerar dois fatores fundamentais: iniciativa e preparação.

E se você realmente tem interesse em fazer parte da indústria de jogos, eu preparei um material para te ajudar nisso:

Eu criei um ebook com uma seleção de 16 jogos simples para você ter como uma referência sobre o tipo de jogo que eu acredito ser ideal para quem está começando.

Além disso, também incluí a quantidade de cópias vendidas de cada um desses jogos (dados reais vazados da Steam). Baixe o ebook gratuitamente no botão abaixo:

Opa,

qual foi a maior sacada que você teve? Conte nos comentários.